Os
recordes de audiência da novela Avenida Brasil fizeram com que a
própria presidente Dilma Rousseff alterasse a data de um comício em São
Paulo nesta sexta-feira, na hora do último capítulo. Concluíram que “não
haveria ninguém” para prestigiar a presidente. Eles têm razão. Conforme
pesquisa, nos últimos dias sete em cada dez pessoas que assistiam TV em
São Paulo estavam ligadas na novela das 21h – que representa a média
nacional. Ninguém pode menosprezar os motivos para tanta audiência,
sobretudo nos quesitos qualidade técnica, interpretação, roteiro das
novelas da Globo. Mas é preciso refletir em algumas coisas.
Dias
atrás, caminhando pela calçada, ouvi uma menina de uns três anos
dizendo para a mãe: “O Max não morreu, ele vai voltar e ficar com a
Carminha”. Fiquei pensando com meus botões: O quê passa na cabeça de uma
criança ao assistir esta novela? Aliás, até onde as novelas moldam a
vida dos brasileiros? Traição, adultério, poligamia, licenciosidade,
libertinagem sexual, enfim, um mundo de coisas que até tempos atrás eram
imorais para a grande maioria. E hoje? As novelas, com poucas exceções,
condenam injustiças sociais, falcatruas, desonestidade, roubos – este
tipo de imoralidade. Mas impiedosamente elas maltratam os conceitos
tradicionais do casamento, da família, da sexualidade. E quando padres,
pastores, religiosos cristãos são interpretados, tais personagens
geralmente são moralistas hipócritas, falsários, e até motivo de
avacalhação.
Avenida
Brasil está no fim, mas o quê as crianças, jovens e adultos aprenderam
sobre o matrimônio? Vale ainda a recomendação(?): “Seja fiel à sua
mulher e dê o seu amor somente a ela” (Provérbios 5. 15); “Que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro”(Hebreus
13.4). Se não tirarmos os pequenos da sala na hora da novela, que ao
menos digamos a eles em certas cenas: Isto é feio!
Marcos Schmidt
Nenhum comentário:
Postar um comentário